Routines by Bea

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Do abandono às cinzas!!!

Sem palavras... foi assim que fiquei quando me encontrei no interior do Palácio Fonte da Pipa.
Enquanto fazia pesquisas na net encontrei, por acaso, este palácio que logo despertou a minha curiosidade, não só pela sua arquitetura e todo o espaço envolvente, mas por estar aqui tão perto de mim e eu não saber da sua existência.
E lá fui eu!
Transpostos os primeiros obstáculos (com um pequeno golpe na mão, kkkkkk), para conseguir chegar até ao palácio, deparei-me com um imponente exterior e com a certeza de que em tempos aquele fora um lugar privilegiado pelo glamour, não só pela arquitetura, como pelo aquilo que resta dos jardins circundantes.
A beleza deste edifício abandonado tornou-se ainda mais peculiar após o incêndio em janeiro do ano passado, que destruiu por completo o primeiro andar.
Entrar lá dentro é arriscado, mas o querer avançar para explorar mais um pouco, tem tanto de tentador como de assustador.
O ranger do pavimento, ou aquilo que dele resta, a cada passo dado, torna os movimentos incertos. A melodia do vento, que passa pelo meio dos escombros é, no mínimo, desconcertante.
Já o piso inferior, que tem entrada na outra fachada do palácio, permanece inseguro mas intacto, congelado no tempo.
O que resta das pinturas e dos azulejos conta com um pouco desta majestosa casa, que foi inspirada, em 1875, nas viagens pelo Norte da Europa de Marçal de Azevedo Pacheco, que foi também Presidente da Câmara Municipal de Loulé.
Chamada inicialmente de Quinta da Esperança, ficou conhecida por Fonte da Pipa, pela existência de uma antiga fonte que servia de abastecimento de água aos Louletanos.
Com a crise financeira de 1929, que abalou o mundo, a fortuna do proprietário foi comprometida e os seus bens, incluindo o palácio, foram confiscados pelos Banco do Algarve.
Passando pelas mãos de novos proprietários aqui tiveram lugar exposições e inúmeros eventos. Mas a fama do palácio vai mais longe com algumas histórias de assombração que, provavelmente, existirão para afastar os curiosos ou possíveis compradores.
Enquanto isso este aprazível local continua ao abandono e à degradação levando, aqueles que como eu gostam de visitar lugares abandonados, a imaginar como seria ter vivido ali, e que histórias de alegria e de tragédias familiares terão aquelas paredes por contar.

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