Após 3 dias passados em Roma, chegou a hora de viajar para Veneza. Toca de fazer as malas novamente e partir para mais uma aventura.
Tinha pela minha frente uma viagem de comboio, de 3h e 45 minutos, mas, como a paisagem é tão bonita, facilmente me distraí e o tempo passou bem rápido.
A chegada a Veneza foi simplesmente mágica!
Após a saída do comboio e toda a confusão da estação, quando olhei em frente e vi que realmente estava naquele maravilhoso lugar a sensação foi fenomenal.
Não conseguia dizer nada... só queria aproveitar aqueles breves momentos para apreciar e guardar cá bem no fundo da caixinha de memórias, a primeira visão que tive de um dos sítios que mais queria conhecer.
A ida até ao hotel, Hotel Palazzo Vitturi, foi feita de barco. Aí pude ter o primeiro contato com os inúmeros canais, de cor de esmeralda, que vagueiam pelas 120 ilhas que formam a cidade de Veneza.
O hotel fica situado numa das inúmeras praças que existem pela cidade.
Depois de me ter instalado no hotel, foi hora de começar a desvendar os segredos de Veneza.
Se Roma é conhecida pelo seu trânsito caótico, aqui encontramos o oposto. Não existem carros, nem semáforos, nem rotundas, nem passadeiras. Podemos mesmo esquecer o mapa, pois é garantido nos perder facilmente. Já o GPS do telefone ajudou e bastante.
Não fazia ideia que teria de andar tanto, não fazia ideia dos labirintos que as ruas formavam, mas depressa me apercebi que o melhor seria deixar-me guiar, pois cada rua ia dar a outra, ou a um beco, ou a uma praça, ou a uma viela e a ruas, nem sei se podemos chamar assim, que só cabia uma pessoa de cada vez.
À noite é um pouco assustador, pois as ruas são muito escuras e por vezes com iluminação quase inexistente (valeu a luz do telemóvel), e com o barulho do chapinhar da água dos canais a experiência é para nunca mais esquecer.
A concorrida Praça de São Marcos é lindíssima. Dou graças a Deus não ter apanhado a época de “Aqua Alta” e poder assim desfrutar deste local histórico incrível.
Nesta praça fica situada a Basílica de São Marcos, uma catedral magnífica que nos obriga a erguer os olhos e de perder algum tempo a admirá-la, pois é impossível ficar indiferente a tamanha grandiosidade. Aqui encontra-se também o Campanário, o prédio mais alto de Veneza com certa de 98,5 metros e logo chegamos até ao Palácio Ducal, mesmo em frente ao Grande Canal.
A Ponte dos Suspiros é outro sítio obrigatório em Veneza. Faz a ligação entre o Palácio Ducal e o Antigo Presídio. O nome da ponte está associado a uma lenda que fala nos suspiros dos presidiários que por ali passavam, antes de serem mandados para a prisão, sendo este o último contato com o mundo exterior.
Das cerca de 400 pontes que existem em Veneza, a Ponte de Rialto é uma das mais majestosas. A visão que temos do Grande Canal, quando percorremos esta ponte, é incrível. Por baixos dos seus arcos passam, diariamente centenas de barcos e podemos perceber o grande movimento que a cidade tem.
Inesquecível foi também o passeio de gôndola! Bastante relaxante, calmo e tranquilo. Dá-nos uma visão diferente dos canais e das suas ruas, e faz-nos pensar como tudo foi construído em cima de água e com uma arquitetura inigualável. Para além de que é super divertido escutar a conversa dos gondoleiros, à medida que se vão cruzando, ao longo dos canais.
Surpreendida fiquei também ao encontrar uma variedade enorme de lojas e marcas internacionais. Estava à espera de encontrar muitíssimas lojas dedicadas às típicas máscaras, mas as restantes foram uma agradável surpresa. E de cada vez que me perdia, nas ruas labirínticas, lá encontrava outra rua com mais surpresas, recantos e lojinhas; uma autêntica chatice.
Houve ainda tempo para visitar uma oura ilha perto de Veneza.
A alguns minutos de Vaporetto (barco a vapor) cheguei a Murano.
Esta ilha tem também um cenário encantador e parece saída de um filme.
Conhecida pela produção de vidro, o que mais de encantador tem são as suas casinhas coloridas, construídas de forma ordeira, que fazem lembrar casas de bonecas. Separadas por um grande canal, onde estão muitos barcos ancorados, vale a pena percorrer estas ruas, apinhadas de turistas, visitando as lojas de vidro e aproveitando para saborear a ótima comida italiana.
Deixei Veneza com uma certeza. A certeza de querer voltar um dia e desvendar mais mistérios que se encontram por detrás de cada rua, cada pátio e de cada praça da belíssima cidade das máscaras.
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